terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
EXPERIÊNCIA DO PSICÓLOGO CARLOS BARRETO COM PORTADORES DA FIBROMIALGIA
O que é a fibromialgia e como a psicoterapia pode contribuir para o tratamento da doença?
Segundo o reumatologista FREDERICK WOLFE, a fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas.
O portador da doença, através da psicoterapia, pode encontrar ferramentas que contribuam de forma significativa para a melhora do seu quadro, através do desenvolvimento psíquico com o aprendizado de novas formas de lidar com a dor e o sofrimento real, trabalhando a relação entre a vida e a sua doença.
Como os sintomas da fibromialgia se iniciam, em determinados casos, com um estresse físico ou psicológico, o trabalho é realizado de forma a encontrar as razões que estão por trás dos sintomas, muitas vezes, o paciente em conflito consigo próprio, na metáfora do problema, só percebe a ponta do iceberg. A grande parte que está submersa, que é a mais profunda, encontra-se oculta em seu inconsciente, em questões ora desconhecidas ou mal resolvidas no passado, não se encontrando de imediato um motivo lógico e aparente, o que torna difícil o diagnóstico.
O portador da fibromialgia, quando questionado onde se localiza a dor, costuma dizer que o corpo inteiro dói, isto porque, com a síndrome, ele tem um limiar muito baixo para dor, estímulos dolorosos são muito mais sentidos por quem tem a doença. Existem teorias que sugerem uma alteração nas áreas do cérebro responsáveis pela percepção da dor. O cérebro dos pacientes com fibromialgia, segundo estas pesquisas, parece ser excessivamente sensível aos estímulos dolorosos. Então, se há um desenvolvimento na parte cognitiva e afetiva, maiores são as possibilidades de enfrentamento à doença.
Cada pessoa tem uma estrutura psíquica diferente para reagir às situações da vida. Algumas conseguem, através da resiliência, criar estratégias de superação e aprendizado para, assim, melhor lidar com o problema, transformando carência em competência. Através da Psicoterapia de apoio, os clientes são convidados a participar de grupos e, por meio da dança, da música, do vínculo com o outro, conseguem estabelecer um processo de valorização, de harmonização e elevação da autoestima, melhorando assim a sua qualidade de vida.
Como tratar um cliente que apresenta os sintomas de fibromialgia na realidade do semiárido?
Inicialmente, vale ressaltar que atender pessoas que se deslocam da Zona Rural e vivem em condições adversas, numa região castigada há mais de um ano pela seca, exige que o psicólogo desenvolva uma psicoterapia de cunho breve, de humanização e empoderamento, uma vez que as demandas são as mais variadas e que esses clientes, muitos com autoestima destruída, às vezes, só tem uma oportunidade de atendimento.
Então, considerando essas adversidades e que as seções são de curta duração, é necessário utilizar a psicoterapia da melhor forma possível. Nesta perspectiva, tão importante quanto a anamnese, é o vínculo com o paciente para, juntos, buscarmos entender o que está por trás da dor. Assim, promovo uma psicoterapia defendida em três eixos importantes para manutenção desse vínculo.
1º Inicio com a realização de palestra sobre Resiliência e Autoestima (aprendizado com a dor e o sofrimento);
2º Em seguida, realizo oficinas para trabalhar o movimento e o toque, através da música, da dança, com o suporte de uma equipe multiprofissional, no caso, um fisioterapeuta, Nesse espaço lúdico de movimento e harmonia, se consegue estabelecer uma relação com o grupo, é quando acontece o vínculo, o participante se sente aceito, percebendo seus pares e entendendo que a sua dor não é única;
3º Nesse momento, acontece o relaxamento, convido os participantes a deitarem em colchonetes e, ao som de uma música instrumental, introduzo palavras de conforto e valorização do ser humano. Por fim, os participantes partilham seu aprendizado com a certeza de que o amanhã será um outro dia e melhor.
Entrevista concedida a graduanda Júlia Pimenta (4º período do curso de Psicologia)
domingo, 26 de agosto de 2012
DOMINGO DE SAÚDE MENTAL
Este domingo foi mais um dia de ação conjunta do Psicólogo do NASF com o Psiquiatra na USF - Unidade de Saúde da Família / BA. Os atendimentos tiveram início às 7 horas e se prolongaram até as 13 horas.
OFICINA DE RELAXAMENTO - TÉCNICA T.R.E.
Durante todo o mês de agosto, desenvolvi oficinas
de relaxamento e alívio das tensões com a utilização do TRE, na Unidade de Saúde
da Família, na cidade de Ipupiara/BA, sempre no horário das 17 às 18:30. Os
pacientes em tratamento fisioterapêutico com sintomas de artrite, artrose,
entre outros, já estão sendo beneficiados com a técnica do TRE.
OLHANDO ESTRELAS
Nos dias 14 e 21 de agosto, sempre a partir das 22 horas, desenvolvi atividade dentro do Projeto Olhando Estrelas. Dentre os aspectos positivos desde o início do projeto, constatei que alguns jovens que encontrei durante a noite, já buscaram atendimento psicológico na Unidade de Saúde da Família.
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